Patologia é o ramo da ciência médica que lida com o estudo da doença e suas causas, desenvolvimento e efeitos no corpo humano. É o estudo das mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no corpo como resultado de uma doença. A patologia é uma disciplina crítica na medicina, pois ajuda os médicos a diagnosticar e tratar várias doenças.

A história da patologia remonta aos tempos antigos, quando as pessoas acreditavam que a doença era causada por forças sobrenaturais, como demônios ou deuses raivosos. Naquela época, as pessoas usavam vários métodos para tentar curar os doentes, incluindo orações, feitiços e outras formas de magia. Esta época da história da medicina e da patologia costuma-se designar como Período Pré-Humoral (até 400a.C.)

Desde essa data e até final da Idade Média as doenças passaram a ocorrer pelo desequilíbrio dos humores, proposto inicialmente pelo considerado pai da Medicina, Hipócrates. Este período chama-se Período Humoral (da idade Antiga até final da idade média)

O período que se sucedeu ficou conhecido como o Período Orgânico (séc. XV ao XVI). Nesse período, houve o desenvolvimento da observação dos orgãos do corpo. Os patologistas buscavam entender o motivo do adoecimento, sobretudo com necropsias. Muito provavelmente, o médico e anatomista belga Andreas Vesalius seja o expoente maior deste período.

Através de sua obra De Humani Corporis Fabrica Libri Septem (1543), Vesalius conseguiu refutar diversas teorias sobre o corpo humano, antes propostas por Galeno, o que foi de extrema importância para o avanço de estudos relacionados à anatomia, provando até mesmo o contrário acerca da crença comum de que os homens possuíam uma costela a menos que as mulheres.

Após, na Fase Tecidual (do sec .XVI ao XVIII ), os olhares dos especialistas foram voltados à estrutura e organização dos tecidos. É nesta época que se iniciam os primeiros estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais.

Durante o séc. XIX, Fase Celular, a prática moderna da patologia começou a tomar forma. Considerado a introdução da Patologia Moderna, esse período é marcado pelo início da utilização da ferramenta mais representativa do patologista – o microscópio. Começou assim o estudo das alterações morfológicas e funcionais das células, ampliando ainda mais os horizontes da especialidade.Uma das figuras mais importantes no desenvolvimento da patologia moderna foi Rudolf Virchow, um médico e patologista alemão frequentemente referido como o pai da patologia moderna.

As contribuições de Virchow para o campo da patologia foram significativas. Ele enfatizou a importância de examinar tecidos e órgãos para entender a natureza da doença. Ele também desenvolveu um sistema de classificação de doenças com base em suas características anatômicas e fisiológicas.

O trabalho de Virchow lançou as bases para o desenvolvimento da patologia moderna. Ele também desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da medicina moderna, enfatizando a importância da observação clínica e da pesquisa na compreensão da doença.

Durante o século 20, a patologia continuou a evoluir e se desenvolver, com muitas novas descobertas e inovações. O desenvolvimento de novas tecnologias, como microscopia eletrônica, imuno-histoquímica e biologia molecular, revolucionou o campo da patologia, confluindo no que hoje se denomina de Fase Ultracelular (sec. XX).

Hoje, a patologia é um componente vital da medicina moderna. É usado para diagnosticar e tratar uma ampla gama de doenças, desde câncer até doenças infecciosas. Os patologistas trabalham em estreita colaboração com outros profissionais de saúde para fornecer diagnósticos precisos e oportunos e desenvolver planos de tratamento eficazes para os pacientes.

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